terça-feira, 30 de agosto de 2011

Osteoporose: um problema de saúde pública

“Osteoporose é doença de velho!”

Quem nunca ouviu uma frase como esta? E, de fato, é uma doença atribuída ao envelhecimento e não necessariamente à condição de idoso. Não é no dia de seu aniversário de 60 anos que o sujeito ganha de presente o “Kit-velho”, que é composto de sua carteirinha de gratuidade nos transportes, dois pares de sapatinhos de lã, uma cadeira de balanço e uma super e moderna versão de osteoporose.

Para o que as pessoas não atentam é que o perfil da população mundial vem mudando. A expectativa de vida tem aumentado e a quantidade de idosos, inclusive no Brasil, vem crescendo consideravelmente.

Junto com elas, infelizmente, chegam os maiores índices de morbidades atribuídas ao envelhecimento, como é o caso da ainda tão pouco valorizada osteoporose, que carrega sobre si o estigma da “doença de velho” e que, por conta disso, a banalização desta patologia muitas vezes é tida como um sinal “natural e fisiológico” de que o indivíduo está envelhecendo, não recebendo a devida atenção.


A coisa é bem mais complexa. Tem a ver com pré-disposição genética, estilo e qualidade de vida e, principalmente, com o fenômeno do envelhecimento.A Organização Mundial de Saúde (OMS) define osteoporose como uma “síndrome caracterizada pela perda de massa óssea representada pela redução da densidade óssea que altera a microarquitetura trabecular dos ossos, predispondo-os a fraturas”.Sabe-se ainda que mulheres caucasianas, pós-menopausadas, com precedentes pessoais e familiares de fraturas, sedentárias e com baixo IMC (índice de massa corpórea) são fortes candidatas a desenvolverem osteoporose no futuro. Porém o número de homens portadores deste mal vem aumentando ao passo que a expectativa de vida da população também aumenta, visto que, a partir de aproximadamente 70 anos, homens e mulheres encontram-se em mesmo grau de susceptibilidade.

Fraturas de vértebras, das regiões distais dos membros e as famigeradas fraturas de fêmur são comuns neste quadro. Quadro este que afeta diretamente a qualidade de vida dos indivíduos, visto que compromete as AVD’s (Atividades da Vida Diária), tornando o paciente limitado e, muitas vezes, incapaz.

Assim, com uma população em pleno processo de envelhecimento e conseqüente vulnerabilidade, franca e gradativa, cabe a todos nós, inclusive ao poder público, a preocupação com uma prevenção bastante elaborada.

E jamais esquecendo de que a educação de uma população sempre fará a diferença.

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